14.12.06

Impressões

"Uma peça em azul sobre meu pranto. As coisas que nem sequer tramitei no cenho. Minhas desculpas por deixar-lhe silêncios. Trouxe de longe o costume de voltar. Gostaria de lhe encontrar à porta dos meus dias que assim seria mais rítmico meu despertar. Agora que sei seu nome é só disso que viverei nesses meses, enquanto ausente. Recubra meus rabiscos para confirmar o que lhe disse. Isso podia ser uma carta de adeus. Não uso palavras impossíveis. Minhas horas se aproximam da noite e o escuro traz-me a impressão de lhe ter. Sorte minha acreditar no que não vejo".

José Mattos Neto
(O Livro das Distâncias)

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